Tuesday, July 8, 2008

Amor



Deixa-me falar... Amor,
Onde de prazer flutuavam no ar gemidos,
Daquelas noites passadas nos teus braços,
Que meus mamilos tornaram-se flor.

Que me baste a voz para te fazer entender
Esta saudade já suplica ausência em meu ser,
Já que não vês com os olhos teus,
O que são nos teus os olhos meus.

Mas sei que a saudade não basta somente em mim,
Teus olhos mesmo assim procuram-me, Pois sei que em ti
deixei sementes minhas de um amor sem fim,

Que cantem as rosas se eu me calar um dia par ti,
Sim meu Amor, que saibam perfumar-te,
Pois, eu nesse momento serei erva daninha.

Thursday, July 3, 2008

oi

sao todos bem vindos ao meu mundo...

Mulher



Sou mulher rainha em minha existência,
Majestade em meu trono,
Crio quimeras a minha defesa,
Carrego-te a ti, homem em meus braços,
e te faço singelo menino.

Foi a ti a quem mostrei-me imaculada,
Pura e desnuda,
Que fizeste de mim, menino?
Atiraste-me ao desalento,
Farrapinho fez ser... Ó meu grande sentimento,
Que caminho foi esse que te fez meu destino?

Sou mulher,
Ó miniatura de homem,
Marcaste-me o rosto,
Já viste acaso as cicatrizes que em mim deixaste?
Fui te sensível, quis dar-te o meu melhor bem.
E retribuíste com insultos.

Pobre de mim...
Que trazia rosas cor de rosa espalhadas pelo corpo,
Olhaste-o com desventura,
A porta por si se abrira,
E as paredes gritaram aos meus ouvidos,
“Vambora pobre coitada...”
Olhei-te procurando amparo,
Em teus olhos brilhava o desdém...

Hoje ajoelhaste...
Ó mísero homem...João arrependido,
Teu coração esta machucado,
Teus desdenhados olhos não sabem esconder!
Suplicas minha sensibilidade,
Ó mísero... esta não mais existe,
Morrera com a saudade.

As tuas pancadas marcaram-me o manto,
Mais as minhas atormentaram-te o psicológico,
Das tuas noites de sono e sonho,
Fi-las ser de insónia e pesadelo,
Das minhas lágrimas fi-las gelo,
Para congelar-te a alma,
Perdoe-me mas o teu travesseiro,
não mais esta em minha cama.

Eu


Morena e negra,
Livre e escrava,
Da cidade e da selva,
De agora e da era.

Que corre estando presa,
Que sorri com lágrimas,
Pois, pois...sou eu a quem o tempo despreza,
De mãos pálidas e calejadas.

Órfã de pai,
Mas que não sabe de sua mãe viva,
Pergunto onde se perdera o meu dia?

Beleza nascida destas areias,
Sonhos transformados em poeira,
Uma esperança nas entranhas das veias.